sexta-feira, 26 de junho de 2009

Coisas para partilhar...


O Mar e o Céu lá continuam a namorar eternamente. Oh, como é bela a imagem numa coisa que ouso apenas definir como o mais profundo platonismo possível de constatar de olhos abertos! No entanto, nem mesmo as nuvens, ou seja lá o que for que exista e que ouse interferir nessa composição, se mostra capaz de ir além de uma breve interferência naquela interminável relação de factores paisagísticos. E como seria triste um mundo sem o belo!

E imagino até que, mesmo quando daqui a muito tempo um dos dois cesse de existir, o outro deixará seguramente de ter alguma relevância verdadeiramente. Digo mesmo, não sou capaz de supor melhor relação do que essa, no sentido que faço da natureza desses dois elementos. Dai eu concluir que uma certa distância até pode ser em certa medida uma mais valia, mas não é seguramente aquilo que preenche o individuo numa relação, como também, salvo excepções, o dito platonismo nunca concretiza uma verdadeira interacção entre elementos que aos meus olhos tão bem se conjugam.

O Azul tem algo que me apazigua. E o sentimento que retiro de constatar o horizonte é para além de uma imensa liberdade e uma infinidade de possibilidades em aberto que lá cabem. Talvez esteja só a sonhar de olhos abertos, mas para mim essa linha imaginária é, acima de tudo, um sentimento que se materializa sempre que a retina olha um pouco mais longe do que é necessário.


A.r.t.

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