quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dá um tempo apenas a quem sabe o que quer


Os que sabem o que desejam, tem um sorriso na face e um olhar que até abre portas. Todos os outros têm mesmo é que ganhar um rumo e se forem capazes manterem-se atentos ao que o momento dita e rápidos o bastante para mudar de direcção quando necessário. Talvez, assim, possam vislumbrar algo mais do que o dia a dia a gastar oxigénio e suspiros. É que a vida em cardume dita que, embora seja mais seguro assim estar, passamos muito mais tempo a ser outra coisa que não o peixe que somos e adiamos a nossa concretização. Neste vasto oceano isto de ser cardume não é para todos, uns encaixam bem no papel outros talvez nem consigam deixar de ser peixe mesmo como cardume. E é esse comportamento do indivíduo que, ao se encontrar reproduzido a essa dimensão, acaba por se tornar um lastro pois torna-os lentos e atentos a coisas que já nem lhes dizem respeito, pensam em coisas que já cá não estão e desejam coisas que já não o são. A alienação desta massa disforme quanto às suas partes, embora que funcional e motor da sobrevivência da espécie, mata que se farta o peixe que à forma de uma forma informal nos torna nos nossos maiores predadores desde que há memoria. A memória colectiva não dura nem mesmo 5 segundos e torna tudo outra vez uma questão de dar tempo ao tempo para que as coisas se concretizem, ou nos levando onde queremos ou nos levando para longe daquilo de que fazemos parte.

glub glub e lá se foi mais um dia.

A.r.t.

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