Que tamanho pode ter a noite? Um cigarro que queima esquecido num cinzeiro. Um copo vazio tombado. Imensa. Um amor sonhado realidade que estiola e confunde-se com o fumo do cigarro. Devaneios que esvoaçam ao mais leve sopro. Enorme. Visões fugitivas, alma ansiosa, lucilações malabares. A noite. Olhar perdido no indefinido. Interminável. O gotejar de lágrimas esquivas que se espalham pelos suspiros do amor perdido. Copo cheio. Anseios reduzidos ao óxido da sua própria armação. Um frágil ser. Frágil de ser. Excessiva. Sensações aprisionadas. Portas fechadas. Copo vazio. Um séquito informe de pensamentos feéricos e desejos irrealizáveis. Outro cigarro. Dança descompassada nos lençóis da cama. Horas exaustas. Olhos cerrados, sentidos entorpecidos, pensamento sem rumo.
E enfim a alvorada. Esta noite teria um fim...
a.r.T.
1 comentário:
e...apesar de tudo é sp um melhor um copo cheio...seja do que for...
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